O governador de S o Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manteve a cassa o da aposentadoria do auditor fiscal Agostinho Ientile Júnior, que é suspeito de integrar um esquema de propinas e lavagem de dinheiro envolvendo empresas aliadas a um escritório de advocacia.
A decis o de Tarcísio se baseia em parecer do secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, que negou provimento ao recurso da defesa de Agostinho. Com isso, o auditor fiscal permanece fora dos quadros da Receita Estadual e sem direito remunera o mensal de R$ 42 mil.
O advogado de Agostinho, José Márcio Rielli, criticou a decis o, afirmando que houve "mais uma injusti a por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscaliza o Tributária e da Administra o". Segundo ele, as provas contra seu cliente se limitam a "meras narrativas sem fundamenta o", e os corregedores "distorceram interpreta es e n o fizeram uma análise mais articulada das provas".
Agostinho Ientile Júnior foi alvo da Opera o Triuno, deflagrada pela Polícia Federal em 2020. As investiga es revelaram que o auditor teria recebido propinas de uma empresa de tecnologia em troca de "vista grossa" sonega o de ICMS.
A Opera o Triuno teve como ponto de partida a dela o premiada de dois advogados, pai e filho, que revelaram como usavam seu escritório e outras empresas controladas pela família para operacionalizar lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a servidores públicos.
Segundo a PF, o próprio Agostinho teria procurado os advogados delatores e solicitado a elabora o de um "projeto" para a gera o de recursos em espécie. Além disso, os investigadores encontraram planilhas com o contato do auditor, corroborando a vers o dos delatores.
Apesar das alega es da defesa, o governador Tarcísio de Freitas manteve a decis o de cassar a aposentadoria de Agostinho Ientile Júnior, afirmando que ela está fundamentada "por seus próprios e jurídicos fundamentos".
O caso segue sendo acompanhado de perto, com a expectativa de que novas informa es e desdobramentos venham tona nas próximas semanas.
