O setor mineral em Minas Gerais enfrenta um período de retra o, com uma queda significativa no número de pedidos de pesquisa mineral na Ag ncia Nacional de Minera o (ANM). Entre janeiro e novembro de 2025, a ag ncia recebeu 1.273 solicita es, uma redu o de 27,7% em compara o ao mesmo período do ano anterior.
Essa tend ncia de baixa também se reflete no cenário nacional. No Brasil como um todo, houve uma queda de 10,8% no volume de pedidos de pesquisa, com 9.616 solicita es recebidas pela ANM. Minas Gerais, que tradicionalmente liderava o ranking de unidades da Federa o com maior número de requisi es, perdeu essa posi o para a Bahia, que registrou 1.317 protocolos.
Diversos fatores podem estar contribuindo para essa retra o. A escassez de áreas livres para pesquisa e a manuten o da taxa de juros em patamar elevado, o que leva os investidores a priorizarem aplica es em renda fixa, s o apontados como possíveis causas pela própria ANM e pelo setor.
Por outro lado, houve um aumento de 5,8% nos pedidos de licen a em Minas Gerais, totalizando 146 requisi es. Também cresceram as solicita es de registro de extra o, que chegaram a 39, uma alta de 95%. No entanto, os pleitos de lavra garimpeira recuaram 48,2%, para 130.
Apesar da queda no número de pedidos, a ANM conseguiu reduzir o tempo médio de análise e emiss o de alvarás de pesquisa mineral no Estado. Antes da implementa o do Requerimento Eletr nico de Autoriza o de Pesquisa Mineral (Repem), em 2020, o prazo era de cerca de 565 dias. Atualmente, esse tempo caiu para 130 dias, uma redu o de 77%.
Mesmo com essa melhoria no processo, o presidente do Conselho Deliberativo da Associa o Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Minera o (ABPM), Luis Mauricio Ferraiuoli Azevedo, ressalta que outros processos da ag ncia ainda seguem arcaicos e lentos, o que impede um ganho pleno para o setor.
