Uma investiga o do Supremo Tribunal Federal (STF) revelou um esquema estruturado de desvio de recursos públicos envolvendo os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ). A opera o, autorizada pelo ministro Flávio Dino, apura indícios de peculato, lavagem de dinheiro e organiza o criminosa.
Segundo a Polícia Federal, o esquema come ava com o uso indevido da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), verba destinada exclusivamente ao exercício do mandato. Os parlamentares teriam direcionado parte desses recursos para contratos de aluguel de carros com uma empresa apontada como de fachada, a Harue Loca o de Veículos Ltda.
A investiga o indica que os servi os contratados n o eram prestados como declarado e que os veículos pagos com recursos públicos teriam sido utilizados para fins particulares. Após o reembolso da cota parlamentar, os valores retornariam aos envolvidos por meio de repasses informais, descritos nas investiga es como pagamentos "por fora".
Para ocultar a origem do dinheiro, os investigados teriam recorrido a mecanismos clássicos de lavagem, como saques e depósitos fracionados, sempre abaixo de R$ 9.999, e movimenta es rápidas e de alto volume incompatíveis com a renda declarada de assessores.
Durante a opera o, a PF encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo no apartamento funcional de Sóstenes, em Brasília, escondido dentro de um saco de lixo em um armário. O valor é muito superior ao dinheiro declarado por ele Justi a Eleitoral em 2022.
Tanto Sóstenes quanto Jordy negaram as acusa es, com o primeiro afirmando que o dinheiro encontrado é proveniente da venda de um imóvel, e o segundo classificando a investiga o como "pesca probatória".
A investiga o é um desdobramento da opera o Rent a Car, deflagrada em dezembro do ano passado, que já havia mirado assessores dos dois deputados. Agora, com o avan o das provas, o foco se voltou diretamente aos parlamentares.












