Depois de quase dois meses de negocia es, a Usina Jatiboca, localizada em Uruc nia, na Zona da Mata mineira, chegou a um acordo com os mais de 1.100 trabalhadores que perderam o emprego após a centenária produtora de a úcar e álcool encerrar as atividades.
De acordo com o documento assinado na última semana, o pagamento do acerto trabalhista será feito em até sete parcelas, sendo que a oferta inicial era de até dez. Além disso, as casas em que parte dos empregados moravam, cedidas pela empresa, seguir o com os moradores, a princípio por tr s anos.
As informa es foram reveladas pelo superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Minas Gerais, Carlos Calazans, e confirmadas pelos presidentes dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Uruc nia (STRU) e dos Trabalhadores da Indústria de Alimenta o de Ponte Nova e Outros Municípios (SITIAPM).
Segundo Calazans, a Jatiboca, ao longo dos anos de atua o na regi o, cedeu cerca de 150 resid ncias para que funcionários morassem. No entanto, a usina incluiu essas habita es como garantia em dívidas com a Uni o. Alguns colaboradores ocupavam esses lares há décadas, e o superintendente afirma que seria injusti a se tivessem que abandoná-los.
Responsável por intermediar as tratativas, Calazans lamentou o fato de n o encontrarem uma solu o para manter a tradicional fabricante mineira de a úcar e álcool. Agora, o foco está no destino das terras onde a matéria-prima para a produ o da empresa era cultivada e da m o de obra.
Segundo o superintendente, Uruc nia e municípios vizinhos t m diversas propriedades com planta o de cana-de-a úcar, e com o fechamento da companhia é preciso discutir com os produtores, técnicos agrícolas, institui es e o poder público a possibilidade de plantar outras culturas ou desenvolver algum projeto nos terrenos. Ele também ressaltou a necessidade de campanhas de requalifica o profissional para que os trabalhadores rurais e da indústria possam ser absorvidos pelo mercado.
Em nota, a Usina Jatiboca confirmou os acordos coletivos com os trabalhadores, mas sem dar detalhes. A empresa também afirmou que houve tentativas frustradas de venda da unidade e que tomará provid ncias legais contra aqueles que "propagaram informa es levianas" contra a companhia, os acionistas e os gestores.












