A prolifera o descontrolada de plantas aquáticas no reservatório da hidrelétrica de Jupiá, uma das maiores usinas do rio Paraná, entre S o Paulo e Mato Grosso do Sul, tem provocado a paralisa o recorrente de suas turbinas. O fen meno é resultado do desequilíbrio ambiental causado por outras hidrelétricas instaladas ao longo do rio, além de indústrias e ocupa es urbanas que lan am material poluente nas águas.
Segundo a empresa chinesa CTG, responsável pela opera o da usina desde 2016, o crescimento de macrófitas submersas se tornou um problema cr nico e está fora de seu controle. A regi o, marcada por atividades agroindustriais e falta de tratamento sanitário adequado, tem sido exposta a excesso de matéria org nica, o que favorece o crescimento acelerado das plantas aquáticas.
A usina também sofre influ ncia direta da din mica hidrológica dos rios Tiet e Paraná e da opera o de grandes usinas a montante, como Tr s Irm os e Ilha Solteira. Essas hidrelétricas alteram o regime de vaz es e o tempo de perman ncia da água no reservatório, criando um ambiente propício prolifera o das plantas.
No dia a dia da opera o, grandes blocos de vegeta o se desprendem e s o empurrados contra as estruturas de Jupiá, como as grades submersas de tomada de água, provocando entupimentos, restri es operativas e danos estruturais s turbinas. Em 2024, o combate s plantas aquáticas e ao mexilh o dourado levou a mais de 7.500 horas de desligamento, quando consideradas todas as 14 máquinas da usina.
A CTG afirma que, na prática, é o mesmo que ter ficado com uma turbina desligada ao longo de todo o ano, gerando prejuízos financeiros significativos. Pelas regras do setor elétrico, a Aneel permite que máquinas fiquem desligadas por um determinado período devido presen a de plantas aquáticas, mas os limites já foram totalmente consumidos no ano passado no caso de Jupiá.
Agora, a empresa chinesa pede Aneel ajustes urgentes para n o ser punida pelas interrup es na opera o, uma vez que a prolifera o das plantas aquáticas e mexilh es dourados se caracteriza como um problema cr nico, uma realidade de dificuldade para as opera es de usinas hidrelétricas.
Com 1.550 megawatts de pot ncia instalada, a Usina Hidrelétrica de Jupiá tem capacidade de atender até 10 milh es de pessoas. A Aneel avalia o pedido da CTG e possíveis mudan as de regras para lidar com essa situa o que afeta a gera o de energia de uma das maiores hidrelétricas do país.










