A decis o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de determinar uma acarea o entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscaliza o do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, causou muita pol mica e estranhamento.
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a suspens o dessa acarea o, argumentando que ela seria prematura, já que nenhum dos envolvidos havia prestado depoimento até o momento. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fundamentou o pedido no artigo 229 do Código de Processo Penal, que estabelece que a acarea o deve ocorrer após o interrogatório do acusado e quando houver diverg ncia em rela o a declara es prestadas por outras pessoas.
Além disso, Toffoli marcou a acarea o para o dia 30 de dezembro, em pleno recesso do Judiciário, o que é considerado uma atitude incomum. "Essa acarea o entre o banqueiro investigado e o diretor do Banco Central, determinada de ofício pelo ministro relator, a ser executada em seu gabinete, por um juiz instrutor, em pleno feriado judiciário, em sigilo, é sem precedentes na história judicial brasileira e n o tem previs o na lei", criticou o procurador da República em Goiás, Hélio Telho.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) também protestou contra a decis o de Toffoli, ironizando que "juiz marcar acarea o no dia 30/12, em pleno recesso, sem provoca o do MP ou PF, é a coisa mais comum do mundo".
Além disso, Toffoli monopolizou todas as investiga es sobre o Banco Master e decretou sigilo sobre tudo, o que gerou receio de que as apura es n o corram direito. Para piorar, o ministro do STF viajou para assistir final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, disputada no Peru, com um advogado que atua no caso do Master. E o banco é defendido pela mulher de Alexandre de Moraes, que teria atuado em favor do Master.
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso em novembro no aeroporto de Guarulhos, em S o Paulo, sob a suspeita de fraudes financeiras que levaram liquida o do banco. Ele passou menos de 15 dias preso e foi solto em 29 de novembro, sob a condi o de usar tornozeleira eletr nica e n o manter contato com outros alvos da Opera o Compliance Zero.
As decis es de Toffoli no caso do Banco Master geraram muitas críticas e questionamentos sobre a condu o das investiga es, levantando preocupa es sobre a imparcialidade e a transpar ncia do processo.


/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/1/I/KNn9pARsAXd7Cmc5sJzw/cemei-planalt0.jpeg)








