A presidente da Uni o Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta sexta-feira, 19, que está "confiante" de que conseguirá o apoio necessário para a assinatura do acordo comercial UE-Mercosul em janeiro. A resolu o, que estava prevista para ser firmada amanh , 20, foi adiada ontem, 18, após protestos de agricultores da Fran a e da Itália contrários ao tratado.
"Estou confiante de que teremos a maioria necessária", declarou von der Leyen em uma coletiva de imprensa. A presidente da UE precisa da aprova o da chamada maioria qualificada para alcan ar o tratado: voto favorável de 15 países que somem ao menos 65% da popula o europeia. Para derrubar o acordo, s o necessários votos de países que somam 35% dos europeus.
Apesar dos protestos, von der Leyen se mostrou otimista quanto assinatura do acordo, que está em negocia o há 26 anos e, se aprovado, criaria a maior zona de livre comércio do mundo. O pacto permitiria que os europeus exportassem veículos e máquinas para os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), enquanto facilitaria a entrada na Europa de carne, arroz, mel e soja sul-americanos, considerados mais competitivos devido aos padr es de produ o.
No entanto, o presidente franc s, Emmanuel Macron, alertou que é "muito cedo" para dizer se seu país conseguirá aceitar o pacto em janeiro, em meio forte oposi o de agricultores e partidos políticos locais. "Espero que sim, porque isso significaria que teríamos feito progressos que, em alguns casos, seriam históricos", acrescentou Macron, pedindo que o "progresso" exigido pela Fran a fosse implementado para que "o texto mudasse de natureza".
Apesar dos desafios, a UE parece determinada a avan ar com o acordo, que é visto como uma oportunidade de ampliar seu acesso a mercados emergentes e fortalecer sua posi o econ mica global. A aprova o do pacto, no entanto, ainda enfrenta obstáculos, com alguns países membros expressando preocupa es sobre seus potenciais impactos negativos.











