ÚLTIMA HORA

Cobertura global las 24 hs. • viernes, 19 de diciembre de 2025 • Noticias actualizadas al minuto.

Menú

Acordo Mercosul-UE enfrenta resistências políticas e pressão de agricultores europeus

Acordo Mercosul-UE enfrenta resistências políticas e pressão de agricultores europeus

Após mais de duas décadas de negocia es, o acordo comercial entre o Mercosul e a Uni o Europeia (UE) entrou esta semana em uma fase decisiva, cercada por resist ncias políticas, press o de agricultores europeus e manifesta es em Bruxelas.

Entre os dias 17 e 18 de agosto, os governos dos 27 países da UE discutem no Conselho Europeu se autorizam ou n o a Comiss o Europeia a avan ar para a assinatura do texto final, prevista para o dia 20 de agosto, durante a cúpula do Mercosul em Foz do Igua u.

O acordo envolve Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, pelo lado do Mercosul, e os 27 países da Uni o Europeia. O texto prev a redu o gradual de tarifas e a amplia o do acesso a mercados, mas só poderá entrar em vigor após aprovado internamente pelos países europeus e sul-americanos.

O momento é considerado crucial porque o processo saiu do campo técnico e passou a ser dominado por disputas políticas internas nos países europeus. Fran a e Itália lideram as obje es, enquanto Alemanha, Espanha e Portugal defendem a ratifica o.

O principal foco de bloqueio vem do setor agrícola europeu, especialmente na Fran a e na Itália. Produtores desses países afirmam que o acordo abrirá espa o para a entrada de alimentos do Mercosul a pre os mais baixos e produzidos sob regras ambientais diferentes das exigidas na Uni o Europeia. O temor é de perda de competitividade e de press o sobre os pre os internos.

Nesta quinta-feira, agricultores voltaram s ruas de Bruxelas para protestar contra o tratado, repetindo mobiliza es que já haviam ocorrido em outros momentos do ano. Tratores bloquearam vias próximas s institui es europeias, e entidades do setor pressionaram seus governos a rejeitar ou adiar a assinatura do acordo.

A press o interna explica a postura cautelosa de líderes como o presidente franc s, Emmanuel Macron, que condiciona o apoio franc s inclus o de novas salvaguardas. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que a assinatura seria prematura e pediu mais tempo para convencer os agricultores italianos.

Em tentativa de destravar o acordo, o Parlamento Europeu aprovou esta semana um conjunto de salvaguardas agrícolas que passou a integrar o texto. As medidas permitem Uni o Europeia suspender benefícios tarifários caso haja risco de desestabiliza o do mercado interno.

Apesar disso, Paris sinalizou que as salvaguardas ainda s o insuficientes. A Fran a chegou a pedir o adiamento da assinatura, o que elevou a tens o diplomática e colocou em dúvida o cronograma previsto para este fim de semana.

Do lado do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom. Em declara es públicas, afirmou que o impasse é resultado de problemas políticos internos na Fran a e na Itália e alertou que, se o acordo n o avan ar agora, o Brasil n o retomará negocia es semelhantes enquanto ele estiver na Presid ncia.

Nesta quinta-feira (18), Lula disse ter conversado por telefone com Giorgia Meloni, que pediu prazo adicional para costurar apoio interno. Segundo o presidente, a primeira-ministra italiana afirmou n o ser contra o acordo, mas enfrenta dificuldades políticas domésticas.

Lula indicou que levará o pedido aos demais países do Mercosul para decidir se aguardam mais tempo ou mant m o cronograma atual.

Com a aprova o das salvaguardas no Parlamento, o processo depende agora do aval do Conselho Europeu. Para avan ar, é necessária uma maioria qualificada: pelo menos 15 países que representem 65% da popula o da UE.

Fran a e Pol nia já se colocaram contra o acordo, enquanto Bélgica e Áustria demonstram desconforto. A posi o final da Itália é vista como decisiva para o desfecho.

Se houver aprova o, a presidente da Comiss o Europeia, Ursula von der Leyen, deve viajar ao Brasil para assinar o tratado em Foz do Igua u. Caso contrário, o acordo pode ser novamente adiado, ampliando um impasse que já dura mais de 25 anos.

Embora o debate esteja concentrado no agronegócio, o tratado é mais amplo e envolve indústria, servi os, investimentos e propriedade intelectual. Setores industriais europeus, especialmente na Alemanha e na Espanha, veem ganhos estratégicos no acordo, tanto econ micos quanto geopolíticos, em um cenário de tens es comerciais globais e busca por diversifica o de parceiros.

Para o Brasil, o acordo ampliaria o acesso a um mercado de cerca de 450 milh es de consumidores e refor aria sua posi o internacional. Ao mesmo tempo, traria desafios para a indústria nacional, que enfrentaria maior concorr ncia de produtos europeus, além de exig ncias ambientais mais rigorosas.

É justamente essa combina o de interesses econ micos, press es políticas internas e disputas ambientais que mantém o acordo UE Mercosul em suspenso, mesmo após mais de duas décadas de negocia o.

¿Te gusta estar informado?

Recibe las noticias más importantes de Latinoamérica directamente en Telegram. Sin Spam, solo realidad.

Unirme Gratis