O Tribunal Regional Federal da 2 Regi o (TRF-2) viveu uma manh agitada nesta ter a-feira, 28 de mar o, com a pris o do desembargador Macário Judice Neto. Ele foi detido pela Polícia Federal no mbito da Opera o Unha e Carne 2, que investiga o vazamento de informa es sigilosas sobre opera es policiais.
Macário Judice Neto é o relator de processos relacionados Opera o Zargun, que prendeu o ex-deputado estadual TH Jóias por acusa es de tráfico de drogas, corrup o, lavagem de dinheiro e negocia o de armas para o Comando Vermelho. Segundo a investiga o, o desembargador mantinha uma estreita rela o de amizade com o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, também preso na mesma opera o.
As provas apontam que Bacellar teria alertado TH Jóias sobre a Opera o Zargun, permitindo que ele retirasse objetos de interesse da investiga o. Além disso, foram encontradas conversas entre Bacellar e Judice Neto em que eles se tratavam como "irm os" e pediam favores um ao outro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a pris o preventiva de Judice Neto, afirmando haver "fortes indícios" de sua participa o em uma organiza o criminosa. Segundo Moraes, o desembargador teria compartilhado informa es sigilosas da Opera o Oricalco, da qual era relator, com Bacellar.
Esse n o é o primeiro esc ndalo envolvendo Macário Judice Neto. Ele já havia sido afastado da magistratura por 17 anos, entre 2005 e 2022, devido a acusa es de venda de senten as quando atuava na Justi a Federal do Espírito Santo. Mesmo assim, durante o período afastado, ele recebeu R$ 4,7 milh es em rendimentos brutos.
Agora, com a pris o de Judice Neto, a Opera o Unha e Carne 2 busca esclarecer o papel do desembargador no vazamento de informa es sigilosas que atrapalharam as investiga es da Opera o Zargun. A Polícia Federal cumpre outros dez mandados de busca e apreens o no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
O TRF-2 informou que n o pode fornecer mais detalhes sobre o caso, uma vez que a decis o de pris o partiu do STF. A defesa de Judice Neto alega que o ministro Alexandre de Moraes "foi induzido ao erro" ao decretar a pris o do desembargador.












