O solu o é um fen meno comum que afeta a maioria das pessoas em algum momento de suas vidas. Embora geralmente seja um inc modo passageiro, existem casos em que o solu o pode se prolongar por dias ou até mesmo anos, causando grande desconforto.
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, existem diversas possíveis causas para os solu os persistentes, que v o desde irrita es no est mago até problemas neurológicos. O gastroenterologista Gerson Nogueira de Moraes, do HSPE (Hospital do Servidor Público Estadual), explica que o solu o é um reflexo involuntário desencadeado por uma contra o repentina do diafragma, o músculo responsável pela respira o.
"Normalmente, o solu o é um reflexo de curta dura o que acontece quando algum estímulo irrita os nervos que controlam o diafragma. Mas em alguns casos, esse reflexo pode se tornar persistente, durando horas, dias ou até mesmo anos", afirma Moraes.
Entre as principais causas dos solu os persistentes, os especialistas citam irrita es no est mago ou es fago, como refluxo ácido, hérnia de hiato ou infec es; problemas neurológicos, como acidente vascular cerebral (AVC) ou tumores no cérebro; e até mesmo fatores emocionais, como estresse e ansiedade.
A médica clínica geral Letícia Jacome, do Hospital Alem o Oswaldo Cruz, ressalta que é importante buscar atendimento médico caso o solu o persista por mais de 48 horas. "Solu os que duram muito tempo podem indicar uma condi o subjacente mais séria, ent o é sempre importante investigar a causa", alerta.
O tratamento vai depender da causa identificada. Nos casos de irrita o no est mago ou es fago, por exemplo, o médico pode receitar medicamentos para controlar o refluxo ácido. Já nos casos neurológicos, o tratamento pode envolver terapias e medicamentos específicos.
O chefe do Servi o de Gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento, Fernando Herz Wolff, destaca que, em alguns casos refratários, pode ser necessário até mesmo uma cirurgia para interromper o ciclo do solu o persistente.
"Existem procedimentos cirúrgicos que podem ajudar a interromper o reflexo do solu o, como a sec o do nervo fr nico ou a estimula o do nervo vago. Mas essas s o op es mais radicais, que só s o consideradas em casos muito graves e resistentes a outros tratamentos", explica Wolff.
A coordenadora do Servi o de Gastrohepatologia do Hospital MaterDei de Salvador, Marina Pamponet, recomenda que, diante de solu os persistentes, o paciente procure um médico especialista para investigar a causa e receber o tratamento adequado.
"O solu o pode parecer algo trivial, mas quando se torna cr nico, pode afetar seriamente a qualidade de vida da pessoa. Por isso, é importante n o negligenciar esse sintoma e buscar atendimento médico assim que ele se prolongar", conclui Pamponet.
