O magnata e editor pró-democracia Jimmy Lai, de 78 anos, foi declarado culpado de duas acusa es de conspira o com for as estrangeiras e de um crime de sedi o pelo Tribunal Superior de Hong Kong. A senten a, que pode chegar pris o perpétua, p e fim a um processo judicial de cinco anos e se torna um símbolo da transforma o política e jurídica vivida pela ex-col nia brit nica.
O veredito, anunciado nesta segunda-feira (15/12), considerou demonstrado que Lai conspirou com terceiros para minar a seguran a nacional e que o acusado nutre "ódio e ressentimento" contra a China. Os promotores o acusaram de usar seu jornal, o Apple Daily, para incentivar a participa o nos protestos pró-democracia de 2019 e solicitar apoio internacional contra as autoridades locais e chinesas.
A defesa rebateu que o jornal representava posi es legítimas no debate público e que a liberdade de imprensa amparava sua linha editorial. No entanto, os juízes concluíram que Lai se envolveu deliberadamente em conspira es contra o governo de Pequim e a lideran a de Hong Kong, tendo como objetivo a derrubada do Partido Comunista Chin s.
O julgamento, que se estendeu por mais de 150 dias de audi ncias, é visto como um símbolo da eros o dos direitos e liberdades em Hong Kong nos últimos anos, marcada pela dissolu o de organiza es civis, partidos opositores e profundas mudan as nos sistemas judicial e eleitoral da ex-col nia brit nica.
Grupos de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa criticaram duramente a condena o de Lai, considerada uma "farsa judicial" e um "ato vergonhoso de persegui o" contra o "símbolo da liberdade de imprensa em Hong Kong". O Reino Unido também condenou o que chamou de "processo politicamente motivado" contra o empresário, que possui cidadania brit nica.
Já o governo chin s pediu respeito sua soberania e criticou a "interfer ncia" de países estrangeiros no caso, que se tornou um marco da transforma o política e jurídica vivida por Hong Kong nos últimos anos.
