O segundo turno das elei es presidenciais no Chile será protagonizado neste domingo por dois candidatos com vis es políticas diametralmente opostas: Jeannette Jara, uma comunista moderada de origem humilde que representa uma coaliz o de esquerda, e José Antonio Kast, um ex-deputado de extrema direita e devoto católico que promete deportar milhares de migrantes irregulares.
A disputa ocorre em meio a uma crescente preocupa o nacional com a seguran a pública e a imigra o, temas centrais da campanha. Embora Jara tenha liderado a primeira etapa do pleito, pesquisas indicam que Kast pode conquistar uma ampla maioria após agregar o respaldo de outros candidatos de direita.
Kast, de 59 anos, é visto como um político sóbrio e pragmático, em compara o a outros líderes da extrema direita como Jair Bolsonaro e Javier Milei. Ele defendeu a ditadura de Augusto Pinochet e se op e a pautas progressistas como o aborto, o divórcio e o casamento homoafetivo. Diante da preocupa o com a inseguran a e a migra o, Kast prop e uma "luta implacável" contra o crime, com a deporta o em massa dos 330 mil migrantes irregulares que vivem no país.
Já Jeannette Jara, de 48 anos, é uma comunista moderada que faz parte da ala mais liberal e crítica do Partido Comunista chileno. Ela recebeu a nomea o governista nas primárias e representa uma coaliz o de nove partidos de centro-esquerda. Jara, que nasceu em um bairro pobre de Santiago e trabalhou como colhedora de frutas e caixa antes de ingressar na universidade, é vista como uma dissidente dentro do próprio partido.
Durante a campanha, Jara enfrentou publicamente a cúpula do Partido Comunista devido sua vis o crítica sobre Cuba e Venezuela, que n o considera democracias. Ela prop e aumentar o salário-mínimo, fortalecer os direitos trabalhistas e ampliar a produ o de lítio no país.
O resultado das elei es no Chile definirá n o apenas quem assumirá a presid ncia em 11 de mar o de 2026, mas também os rumos políticos do país sul-americano nos próximos anos.











