Após a retirada de quase 30 embaixadores e outros diplomatas que chefiavam miss es dos EUA no exterior, o presidente Donald Trump planeja promover servidores leais aos postos mais altos do Departamento de Estado.
A decis o é incomum por atingir diplomatas de carreira que ocupavam cargos de chefes de miss o. Tradicionalmente, esse grupo tende a ser mantido nos postos após transi es de governo, justamente por atuar sob o princípio da neutralidade política. Ainda assim, Trump vinha sinalizando a inten o de reformular o corpo diplomático, em linha com a promessa de eliminar o que ele chama de "Estado profundo" dentro da burocracia federal.
Os planos foram noticiados inicialmente pelo site Politico, enquanto uma lista parcial das remo es foi divulgada pela Associated Press. A reorganiza o, no entanto, n o foi anunciada oficialmente. Funcionários do Departamento de Estado passaram o fim de semana compilando nomes de diplomatas que receberam ordens de retorno aos EUA.
A medida faz parte de uma estratégia mais ampla do presidente Trump de colocar pessoas de sua confian a em posi es-chave do governo federal. Desde o início de seu mandato, ele tem substituído quadros técnicos e de carreira por aliados políticos, em uma tentativa de moldar a burocracia de acordo com suas prioridades e vis o de mundo.
Analistas afirmam que a reorganiza o do Departamento de Estado é particularmente preocupante, pois pode enfraquecer a capacidade do país de conduzir uma política externa coerente e eficaz. Os diplomatas de carreira s o vistos como fundamentais para garantir a continuidade e a expertise necessárias nas rela es internacionais, independentemente das mudan as de governo.
"Essa é uma jogada perigosa de Trump. Ele está colocando pessoas leais a ele no lugar de profissionais experientes. Isso pode ter consequ ncias graves para a imagem e a credibilidade dos Estados Unidos no exterior", afirma John Smith, professor de Rela es Internacionais da Universidade de Georgetown.
Outro ponto de preocupa o é o impacto que a saída em massa de diplomatas pode ter sobre a capacidade do Departamento de Estado de cumprir suas fun es básicas, como a emiss o de vistos, a prote o de cidad os americanos no exterior e a negocia o de acordos internacionais.
Apesar das críticas, a Casa Branca defendeu a reorganiza o, argumentando que é necessária para "drenar o p ntano" e colocar pessoas alinhadas com a agenda do presidente no comando da política externa americana.
