A morte da lendária atriz francesa Brigitte Bardot gerou uma acalorada discuss o política no país. Conhecida por suas declara es pol micas e simpáticas extrema-direita, Bardot se tornou um símbolo divisivo, com políticos de diferentes espectros ideológicos debatendo sobre como prestar homenagem a sua memória.
De um lado, figuras da extrema-direita como Marine Le Pen, cujo partido lidera as pesquisas, elogiaram Bardot como uma "incrivelmente francesa: livre, indomável, íntegra". O conservador Eric Ciotti chegou a sugerir um funeral nacional, similar ao organizado para a lenda do rock franc s Johnny Hallyday.
Já o presidente Emmanuel Macron, apesar de ter chamado Bardot de "lenda" do cinema do século 20, evitou se aprofundar em suas posi es políticas controversas. Políticos de esquerda, como o deputado socialista Philippe Brun e o líder comunista Fabien Roussel, reconheceram sua import ncia cultural, mas n o deixaram de mencionar suas opini es divisivas, principalmente em rela o a minorias.
A deputada ecologista Sandrine Rousseau foi ainda mais crítica, ironizando sobre o "cinismo" de Bardot, que se comovia com a sorte de golfinhos, mas permanecia "indiferente morte de migrantes no Mediterr neo".
A polariza o em torno da figura de Brigitte Bardot reflete as profundas divis es políticas que marcam a Fran a atualmente. Sua morte reacendeu um debate sobre como lidar com o legado de figuras públicas cujas contribui es culturais s o inegáveis, mas cujas posi es políticas s o altamente controversas.












