A centésima edi o da Corrida Internacional de S o Silvestre, um dos eventos esportivos mais tradicionais do país, reunirá na próxima quarta-feira os melhores fundistas do mundo nas ruas de S o Paulo. Entre os participantes, estará a equipe de Petrópolis EloAtle, coordenada pelo ex-corredor José Cícero Eloy, que conhece como poucos os desafios dessa prova.
Com tr s participa es no evento - incluindo um décimo lugar geral e terceiro entre os brasileiros em 2003 -, Eloy agora transmite sua experi ncia a uma nova gera o de atletas que, mesmo no pelot o B, buscam proje o e aprendizado na competi o. "A S o Silvestre n o é só sobre ritmo, é sobre intelig ncia. Quem já correu sabe onde o asfalto sobe mais, onde a multid o empurra, onde é preciso segurar ou acelerar. Meus atletas podem n o estar brigando pelo pódio, mas cada volta, cada quil metro, é chance de crescer", afirma o treinador.
A equipe EloAtle, que este ano regularizou sua situa o junto Federa o de Atletismo do Rio, estará liberada para disputar as provas oficiais da Confedera o Brasileira do esporte. Para Eloy, esse é um primeiro passo importante para se projetar, assim como aconteceu com a equipe Pé de Vento, que venceu a S o Silvestre em 1994 e 2006.
Embora os holofotes se voltem para os favoritos do pelot o A, Eloy prova que a S o Silvestre também se faz de histórias como a sua - e das que ele agora ajuda a escrever. Seus atletas podem n o cruzar a linha de chegada entre os primeiros, mas sair o com algo t o valioso quanto: a sabedoria de quem correu antes e a semente para correr ainda melhor.
"Muitos dos que hoje s o top 10 come aram ali atrás. O importante é sair dessa prova com nome reconhecido e li es para 2025", afirma o treinador, que ressalta o aspecto mental da competi o. "A S o Silvestre é única. O calor, a empolga o, o cansa o dos últimos km... Só quem viveu entende. Quero que eles sintam isso para voltarem mais fortes."
Na quarta-feira, o asfalto paulistano testemunhará mais um capítulo dessa jornada - e Eloy, das arquibancadas ou do lado da pista, estará lá, como sempre: ensinando, inspirando e lembrando que, na S o Silvestre, cada passo é um legado.











